O lar Solar das Camélias, em Albergaria-a-Velha, e o lar Casa do Sol Poente, em Requeixo, estão disponíveis para receber utentes de outras instituições, apesar da atual situação pandémica. Os lares estão solidários com as famílias e com outras instituições afetadas por surtos Covid-19, pelo que disponibilizam, com custo associado, algumas vagas nas suas residências.
Os surtos em lares já diminuíram consideravelmente, mas continua a haver necessidade de transferência de utentes por parte de instituições que ainda lutam para sanar totalmente a Covid-19. A maioria dos lares recusa-se a receber utentes de outras entidades externas, alegando perigo de contágio para os residentes.
Esta situação tem colocado muitas famílias em sobressalto, daí que surge uma rede de lares que não teme a pandemia, abre as suas portas a residentes portugueses e estrangeiros, na condição de apresentarem um teste PCR negativo e cumprirem o isolamento de 14 dias. No caso de não terem ainda o processo de vacinação concluído, esta rede de lares agiliza com as entidades de saúde o processo de vacinação.
É o caso das residências Solar das Camélias, em Aveiro, que disponibiliza uma vaga para um utente de sexo masculino, prevendo abrir outra para o sexo feminino a partir de 1 de abril, e a Casa do Sol Poente, que está disposta a receber novos utentes oriundos de outras instituições. Ambos os lares têm o processo de vacinação concluído, têm políticas de acesso e segurança muito restritos de acordo com as recomendações da Direção-Geral de Saúde (DGS).
A diretora técnica da Casa do Sol Poente, Joana Barros, explica que “Na Casa do Sol Poente, o cumprimento militar das normas e recomendações da DGS é o que nos permite continuar a realizar as várias atividades e ainda acolher novos utentes, garantindo a sua segurança”.
Nestes lares são desenvolvidas atividades multidisciplinares, que juntam a fisioterapia e a animação sociocultural. As atividades variam consoante as necessidades e níveis cognitivos, em grupo e individuais. Além disso, todos os familiares acompanham o dia-a-dia dos utentes à distância de um clique.
Já Liliana Araújo, diretora técnica do Solar das Camélias explica porque fazem questão de abrir as portas a residentes externos nesta altura da pandemia: “apostamos no desenvolvimento de atividades onde os residentes podem ser criativos, potenciar as suas capacidades intelectuais e, principalmente, serem felizes num ambiente familiar”.
O Solar das Camélias e a Casa do Sol Poente pertencem à rede de lares Círculo de Mestres, um projeto nacional emergente pelo conceito diferenciador de mobilidade sénior entre campo, cidade e praia, em função das suas necessidades pessoais e de vida.